Mestradinho #1 - quem sou eu, e qual é a desse projeto?
Oie! Se você tá recebendo esse e-mail é porque tem interesse em fazer um Mestradinho Fora, e viu o convite no meu instagram ou algum amigo te chamou. Bem-vinda!
Qual é a dessa newsletter e desse projeto?
Tive a ideia de começar esse trabalho por vários motivos. O primeiro deles é sentir que existe muito interesse em estudar fora, mas pouca informação bem-estruturada. Claro que qualquer um pode pesquisar na internet mas é aquele famoso problema: tem TANTA informação que fica fácil se sentir meio perdido e não saber pra onde ir. O meu maior objetivo com esse projeto é organizar essa informação pra te ajudar a responder aquela perguntinha crucial:
Tá, mas o que eu faço AGORA? E depois? E depois?
O segundo objetivo que eu tenho com esse projeto é ajudar outros brasileiros a entenderem que passar num mestrado no exterior é bem mais provável do que a gente pensa. Eu mesmo achava que era uma coisa totalmente de outro mundo até passar pro outro lado do balcão e ver que a gente não perde em nada pra gringo nenhum. Ou seja, o segundo objetivo é ajudar a repensar aquele pensamento crucial:
É uma coisa fora da minha realidade, eu jamais passaria num mestrado desse.
Existem casos? Existem. De fato tem gente que não conseguiria jamais. Mas se você tá interessado o suficiente pra se inscrever numa newsletter dessa e ler até aqui eu acho que as chances são maiores do que você imagina.
O meu último objetivo é criar alguns mecanismos de apoio e suporte a pessoas que querem se candidatar ainda esse ano. Esse eu ainda tô desenvolvendo, mas pensei em algumas coisas como sessões de Zoom de trabalho conjunto, entrevistas com pessoas que passaram em mestrados famosos ou ganharam bolsas famosas, disponibilizar exemplos de "statement of purpose", etc. Estou totalmente aberto a sugestões!
Acho importante também explicitar algumas coisas que NÃO são meus objetivos: NÃO quero prometer nem garantir nada. Talvez você tente aquele mestrado dos sonhos e não passe. Ou, pior, talvez você passe e não consiga dinheiro pra ir. Mas o que eu acho é que em praticamente todos os casos vale a pena tentar. O máximo que pode acontecer é você não ir mesmo.
Tá, e quem é você na fila do pão?
Boa pergunta! Resumindo:
Meu nome é Henrique :-) e eu estudei Relações Internacionais na UnB. Sempre tive essa vontade de fazer um mestrado fora, mas fui chegando perto da formatura e fui meio que desistindo. Parecia uma coisa tão abstrata! Me formei em 2013 com a cabeça meio bagunçada, meio perdido na vida, tinha acabado de sair de um relacionamento...
Encorajado por alguns amigos, me candidatei pra 3 mestrados na minha área: Johns Hopkins, Columbia, UC San Diego. Não sabia se passaria em nenhum deles, mas achava que tinha uma chance. Acabei passando em todos, e recebi ofertas de recursos financeiros consideráveis em Johns Hopkins e UC San Diego, mas nenhuma bolsa integral. UC San Diego ofereceu 1 ano de bolsa e tuition pagas, mas zero pro segundo ano. Decidindo que não tinha nada a perder, fui.
Durante esse 1 ano dei meus pulos e consegui ir arrumando conexões dentro da universidade que me possibilitaram trabalhar e pagar o segundo ano de mestrado. Foi uma jornada totalmente diferente do que eu imaginava, e (pra mim) totalmente imprevisível. Um desses trabalhos foi no departamento de admissions do meu instituto. Ou seja: pude ver de perto e de dentro como as coisas funcionam, que tipo de coisas são importantes, que tipo de gente se candidata, etc.
Desde então eu tenho ajudado alguns amigos de maneira informal. Em praticamente todos os casos, a minha ajuda principal foi chegar pra pessoa e afirmar: Sim, eu acho que você tem chance. Em todos os casos eu estava certo. Já ajudei gente que passou em Harvard, Johns Hopkins, Columbia, UC San Diego, University College London. Não quero assumir nenhum tipo de crédito por isso: todo mundo passou porque merecia. Mas eu sei que alguns deles talvez não tivessem tentado sem alguns empurrãozinhos. Imagina quanta gente só precisa disso e não sabe?
É isso que eu gostaria de fazer: distribuir alguns desses empurrãozinhos.
Eu reconheço também que tem muito privilégio envolvido na maioria desses sucessos: pra começo de conversa a pessoa tem que saber falar inglês, tem que ter uma vida estável o suficiente pra conseguir pensar no assunto, etc... longe de mim dar uma de coach e dizer que BASTA QUERER. Não basta querer, tem muita desigualdade e privilégio envolvido. Esse projeto é também uma tentativa de usar o privilégio que eu tive pra possivelmente ajudar quem não tenha tido tanto acesso.
Tendo dito tudo isso, só quero deixar claro que: não sou profissional do assunto! Tudo que eu trouxer aqui nessa newsletter é baseado na minha experiência e na experiência de pessoas próximas. Então se você ver que tem alguma coisa errada ou mal explicada por favor me avisa, que eu vou ter o maior prazer em corrigir.
É isto. Até a próxima!
Beijos
Henrique